Desde então e até à actualidade, diversos povos e culturas continuaram a realizar obras de natureza e funções cada vez mais diversificadas, às quais atribuímos ou não o valor de “obras de arte”.A história da arte e em especial, da pintura, refere diversas buscas e percursos aos quais os artistas dedicaram muitas vezes o período de duração de suas próprias vidas. Desde a procura por realizar obras que fossem um espelho da realidade, a busca do ideal do “belo”, a obediência a ideais religiosos e políticos ou a negação dos mesmos, os artistas sempre se empenharam em cumprir o seu papel primordial no mundo da arte – inventar, inovar, revolucionar. Os limites de exploração das técnicas foram e continuam a ser desafiados, mas o mais importante é o ideal filosófico que está subjacente a toda forma de expressão artística, e que é um elemento indissociável de uma verdadeira obra de arte.Ao longo da história da pintura, alguns artistas utilizaram os elementos da gramática visual isoladamente, nalgumas correntes artísticas específicas. Outros utilizaram-nos de forma combinada, contemplando dois ou mais elementos e eventualmente todos numa mesma obra de arte.Procuramos a seguir exemplificar diversas formas de utilização dos elementos da gramática visual em obras representativas de períodos e correntes artísticas importantes na história da arte.
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
Elementos da linguagem visual
Desde os primórdios da história da humanidade o homem realiza obras que expressam vivências a nível pessoal individual ou colectivo.O que classificamos hoje como arte dos povos primitivos, consistiu no exercício de actividades como a edificação de templos, casas, a realização de pinturas e esculturas, a fabricação de objectos e utensílios ou a tecelagem de padrões.No que toca especialmente à pintura, que é objecto do nosso estudo, desde a pré-história os “artistas” utilizaram os elementos básicos da gramática visual – o ponto, a linha, a cor, a textura, a mancha e o volume - para expressar emoções através das diversas obras que chegaram até nós como testemunho.
O Ponto
Georges Seurat (1859-91) utilizou como ponto de partida o método impressionista de pintura, estudou a teoria científica da visão cromática e decidiu construir os seus quadros por meio de pequenas e regulares pinceladas de cor ininterruptas como um mosaico. Esperava que isso levasse à mistura das cores no olho (ou melhor, no cérebro), sem que perdessem a consistência e a luminosidade. Essa técnica extrema, que se tornou conhecida como pontilhismo, pôs em risco a clareza das suas pinturas, ao evitar todos os contornos e ao decompor cada forma em zonas de pontos multicolores. Existe algo de quase egípcio na ênfase de Seurat sobre as verticais e horizontais, que o levou a distanciar-se cada vez mais da reprodução fiel das aparências naturais e no sentido de uma exploração de padrões interessantes e expressivos.
A linha
A palavra linha vem do latim “linea”, que significa extensão com uma só dimensão. A trajectória de um ponto no espaço é uma linha. Se imaginarmos que o ponto se desloca sempre na mesma direcção, dá origem a uma linha recta. Se mudar constantemente de direcção, dá origem a uma linha curva. A linha é utilizada por nós todos os dias. Para escrever, para sublinhar ou para desenhar, ela pode ter várias expressões e intensidades. Os artistas utilizam-na das mais variadas maneiras: recta, curva, quebrada ou mista, grossa ou fina, defenindo as formas ou estruturando o espaço. Vamos conhecer alguns artistas e a maneira como eles abordavam a linha.
A Textura
Visualmente, a textura não é mais do que um conjunto determinado de pequenos sinais, fáceis de interpretar pelo cérebro. A textura sente-se quer quando olhamos, quer quando tocamos uma superfície.
A Textura é, portanto, uma sensação visual e táctil. Ela caracteriza mais profundamente as superfícies das formas tridimensionais, permitindo o seu reconhecimento e a sua identificação com maior exactidão e rapidez.
A Textura é, portanto, uma sensação visual e táctil. Ela caracteriza mais profundamente as superfícies das formas tridimensionais, permitindo o seu reconhecimento e a sua identificação com maior exactidão e rapidez.
A Cor
O conhecimento dos elementos visuais modifica o conhecimento que adquirimos acerca das coisas que estão à nossa volta e facilita o processo de comunicação visual. Estes elementos são observados nas formas que nos rodeiam e são utilizados no desenho e na pintura para comunicar ideias e transmitir sensações e sentimentos. Vamos saber mais sobre o elemento visual cor e de que forma alguns artistas a usaram nas suas obras.
Mondrian - "Boogie-Woogie"
O volume e a mancha
A relação formal entre as manchas coloridas e o volume presentes em uma obra constitui a sua estrutura fundamental, guiando o olhar do espectador e propondo-lhe sensações de calor, frio, profundidade, sombra, entre outros. Estas relações estão implícitas na maior parte das obras de arte.
A Mancha de cor é considerada por muitos como a base da imagem.
A Mancha de cor é considerada por muitos como a base da imagem.
"As Bailarinas" DEGAS
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
Os Artistas
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